O ENCONTRO DE RAUL SEIXAS COM JOHN LENNON
Por Ricardo Alexandre
Em 1973, em pleno "milagre econômico" promovido pelo governo militar, a repressão
estava no auge. No entanto,enquanto metalúrgicos eram assassinados nos porões do
DOPs, um cantor baiano se apresentava de pijamas em Brasília, falava sobre uma tal
“sociedade alternativa", mexia com magia negra, bebia feito uma esponja, fumava feito um marcelo d2 e dizia haver sido seqüestrado por extraterrestres em pleno Programa Sílvio Santos. Era Raul Seixas.
Raul era um cantor de protesto às avessas - seu maior hit até então era a balada folk "Ouro de Tolo", em que revelava seu desapontamento consigo mesmo, não com o regime. Era o tipo louco manso, tolerável pela ditadura. Mas encasquetou com sua Sociedade Alternativa e os
militares não gostaram - chegaram a suspeitar que se tratava de algum movimento de guerrilha. No início de 1974, aconteceu o que muita gente já previa. Os policiais seqüestraram, prenderam e
torturaram Raul e seu letrista, Paulo Coelho, após a dupla haver distribuído o Manifesto Krig-Há, uma alucinação literária sobre as novas "leis" que deveriam reger as pessoas. Convidados a se retirarem do país, Raul sugeriu que todos fossem aos Estados Unidos, onde sua esposa, Edith Wisner, tinha família. Passaram alguns meses e, ao retornar (por causa do sucesso do compacto Gita, que havia vendido 600 mil exemplares), Raul alardeou que, entre suas andanças, havia
tocado com Jerry Lee Lewis em Memphis e passado uma tarde com John Lennon, conversando "sobre as grandes figuras da humanidade:
Cristo, Einstein, Calígula, Crowley...". Raul contou ainda que Lennon estaria interessadíssimo em comandar a Sociedade Alternativa nos Estados Unidos. Seu encontro com o ex-beatle foi um de seus maiores orgulhos, sobre o qual não cansava de falar, até sua morte, em 1989.
Quatro anos depois, quando Jerry Lee Lewis esteve tocando no Brasil, um repórter desavisado quis saber sobre sua "jam session" com Raul Seixas. Lewis, com a grossura peculiar, mandou de volta: "nunca ouvi falar nesta pessoa". E sobre John Lennon, será que Raul também mentiu?
Cláudio Roberto, parceiro do roqueiro baiano em vários hits e seu amigo desde a adolescência, revela que sim. "Raul era uma criança. Mas também era absolutamente sincero dentro desta falta de autenticidade. Ele morreu jurando haver entrevistado o John Lennon, mas todo mundo que o conhecia sabia que não era verdade".
Segundo Cláudio, o cantor acabou preso numa teia de mitologias criadas por ele próprio. Nelson Motta, que conheceu profundamente Raul no início de carreira, deu a versão definitiva em
seu livro Noites Tropicais. Segundo o jornalista, Raul, Paulo e as esposas "por dias cercaram o Edifício Dakota (...), onde moravam John Lennon e Yoko Ono, em busca de um encontro. Em vão: nunca foram recebidos, mas na volta ao Brasil deram longas e detalhadas entrevistas sobre as idéias que trocaram com o famoso casal". Motta revela que a viagem dos casais entre Nova York e Los Angeles, incluiu muitas drogas, muitas visitas às head-shops americanas e passeios pela Disneylândia. Mas não incluiu nenhuma tarde com John Lennon, para decepção dos fãs do maluco beleza.
Em 1973, em pleno "milagre econômico" promovido pelo governo militar, a repressão
estava no auge. No entanto,enquanto metalúrgicos eram assassinados nos porões do
DOPs, um cantor baiano se apresentava de pijamas em Brasília, falava sobre uma tal
“sociedade alternativa", mexia com magia negra, bebia feito uma esponja, fumava feito um marcelo d2 e dizia haver sido seqüestrado por extraterrestres em pleno Programa Sílvio Santos. Era Raul Seixas.
Raul era um cantor de protesto às avessas - seu maior hit até então era a balada folk "Ouro de Tolo", em que revelava seu desapontamento consigo mesmo, não com o regime. Era o tipo louco manso, tolerável pela ditadura. Mas encasquetou com sua Sociedade Alternativa e os
militares não gostaram - chegaram a suspeitar que se tratava de algum movimento de guerrilha. No início de 1974, aconteceu o que muita gente já previa. Os policiais seqüestraram, prenderam e
torturaram Raul e seu letrista, Paulo Coelho, após a dupla haver distribuído o Manifesto Krig-Há, uma alucinação literária sobre as novas "leis" que deveriam reger as pessoas. Convidados a se retirarem do país, Raul sugeriu que todos fossem aos Estados Unidos, onde sua esposa, Edith Wisner, tinha família. Passaram alguns meses e, ao retornar (por causa do sucesso do compacto Gita, que havia vendido 600 mil exemplares), Raul alardeou que, entre suas andanças, havia
tocado com Jerry Lee Lewis em Memphis e passado uma tarde com John Lennon, conversando "sobre as grandes figuras da humanidade:
Cristo, Einstein, Calígula, Crowley...". Raul contou ainda que Lennon estaria interessadíssimo em comandar a Sociedade Alternativa nos Estados Unidos. Seu encontro com o ex-beatle foi um de seus maiores orgulhos, sobre o qual não cansava de falar, até sua morte, em 1989.
Quatro anos depois, quando Jerry Lee Lewis esteve tocando no Brasil, um repórter desavisado quis saber sobre sua "jam session" com Raul Seixas. Lewis, com a grossura peculiar, mandou de volta: "nunca ouvi falar nesta pessoa". E sobre John Lennon, será que Raul também mentiu?
Cláudio Roberto, parceiro do roqueiro baiano em vários hits e seu amigo desde a adolescência, revela que sim. "Raul era uma criança. Mas também era absolutamente sincero dentro desta falta de autenticidade. Ele morreu jurando haver entrevistado o John Lennon, mas todo mundo que o conhecia sabia que não era verdade".
Segundo Cláudio, o cantor acabou preso numa teia de mitologias criadas por ele próprio. Nelson Motta, que conheceu profundamente Raul no início de carreira, deu a versão definitiva em
seu livro Noites Tropicais. Segundo o jornalista, Raul, Paulo e as esposas "por dias cercaram o Edifício Dakota (...), onde moravam John Lennon e Yoko Ono, em busca de um encontro. Em vão: nunca foram recebidos, mas na volta ao Brasil deram longas e detalhadas entrevistas sobre as idéias que trocaram com o famoso casal". Motta revela que a viagem dos casais entre Nova York e Los Angeles, incluiu muitas drogas, muitas visitas às head-shops americanas e passeios pela Disneylândia. Mas não incluiu nenhuma tarde com John Lennon, para decepção dos fãs do maluco beleza.
12 Comments:
Finalmente alguém se atreve a publicar a verdade dos fatos; é impressionante como as pessoas são propensas a crer em tudo que seu ídolos dizem sem pararem para questionar sua possível autenticidade; Parabém pelo esclarecedor post.
Pois é, então Nelson Motta,Silvio Passos e a própria Globo estão mentindo.
Mais fácil esse carinha aí desse blog minúsculo estar mentindo!!
Não acha ???
Caro Futebol Carioca,
Se vc prestasse atenão veria que não inventei esse texto, existe o autor nele no início, e sendo vc o futebol carioca seria difícil enxergar educação e honestidade.
Vc conhece Silvio Passos? Conhece Nelson Mota? Vc acredita na globo cara, isso já lhe dá um descredito monstro. E por favor, releia, procure, busque a informação, pois esse encontro nunca aconteceu, isso foi papo de Raul. Mas com toda sinceridade, sua opinião não vem ao caso, mas mesmo assim continuará aqui. Abraço.
Ah meu se liga, nem da atenção pra esse panaca do futebol carioca ai, é mais um trouxa, ah dispensa comentários tem tantos assim que.. aff ja dormi
Valeu Anonimo! seja benvindo por essa aguas paradas aqui do blog.
Raulzito era um brincalhão,maluco beleza,kk ele até. sonhou com o dia em que a terra parou,querem saber se ele não falou com o lenom,não. tem problema,devem estar fazendo varios sons agora!!! He he he !!!!
Com certeza. E sobre o maluco beleza vamos falar o que ?. O cara era Maluco, então Beleza!
ei eu n estou aqui para dizer q o q esta escrito eh mentira eu realmente quero saber a verdade e se isso q vc escreveu eh vdd essa foto eh falsa ??? https://programamarcadiabo.wordpress.com/2011/08/31/foto-prova-encontro-de-raul-seixas-e-john-lennon/
Cara, o texto não é meu. Agora a foto do site que vc mostrou aí nem de longe é Raulzito, está muito mais pra ser o Che do que Raul, apenas de achar que não teve um encontro de John com Che.
essa foto é uma montagem, colocaram o che nela, mas a foto verdadeira é o lennon com o Wayne “Tex” Gabriel guitarrista que participou da “Elephant’s Memory”, banda americana que acompanhou John Lennon e Yoko Ono durante 1972.
Raul nunca encontrou com Lennon, foi uma fantasia criada ...
ele falava muito sonho qu se sonha so é só um sonho agora sonho que se sonha junto é a realidade, acho que este era o motivo dele morrer contando essa historia pra que a gente sonhasse junto e ela viro realidade pra muitos, a minha alegria é saber que John Leno não atendeu Raul por não o conhecer, porque se soubesse do maravilhoso e curioso baiano que estava em busca do seu encontro ele é que seria recebido por Raul.
Sou fanzão do Raul, assim como muitos brasileiros, mas tenho que admitir, realmente em todas as fontes em que pesquisamos, desde relatos de amigos próximos do Raul à pesquisadores da vida do cabra, a história é mesma, Raul teria inventado a história. Entretanto não sei se me decepciono com o mesmo, pois era um grande fanfarrão. rsrs...de certa forma foi uma mentira que rendeu grandes viagens astrais e fez bem ao espírito de muita gente. Hahaha...grande Raulzito Santos Seixas, que seja eterno e descanse em paz! :)
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